terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Florbela Espanca

O nosso mundo Eu bebo a Vida, a Vida, a longos tragos Como um divino vinho de Falerno Poisando em ti o meu olhar eterno Como poisam as folhas sobre os lagos... Os meus sonhos agora são mais vagos O teu olhar em mim, hoje é mais terno... E a Vida já não é o rubro inferno Todo fantasmas tristes e presságios! A Vida, meu amor, quero vivê-la! Na mesma taça erguida em tuas mãos, Bocas unidas hemos de bebê-la! Que importa o mundo e as ilusões defuntas? ...Que importa o mundo e seus orgulhos vãos? ...O mundo, Amor! ... As nossas bocas juntas!... Florbela Espanca

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